— | Clarissa Corrêa |
"Em meus sonhos sou eu e você , foi lá que eu vi tudo se tornar real." Avenged Sevenfold
segunda-feira, dezembro 10, 2012
“Você me tratou mal, você fez com que eu não
soubesse mais quem eu sou, que ódio, você fez com que eu me afogasse.
Você me deixou de lado, fez com que eu me sentisse esquecível. Você
mentiu pra mim. E me usou pra ver se esquecia outra pessoa. Você me
magoou demais, seu otário. Você foi frio, seco, áspero, você fez com que
eu baixasse da internet músicas de Sandy e Júnior. Tem noção do que é
isso? Sabe o dá mais raiva? Sei que você está bem. E sorrindo. E vivendo
a porra da sua vida numa boa, sem pensar em mim. Claro, sou esquecível,
não é mesmo? Você sequer pensou em mim, no que eu sentia, em como eu me
sentia. Ai, que raiva de você! Meu coração está doendo. E eu chorei
tantas vezes, muitas vezes, um quadrilhão de vezes e você nunca, em
nenhum momento esteve aqui pra secar as minhas lágrimas e juntar os meus
pedaços do chão. Você nem me trouxe um ouro branco. Você nem me deu um
beijo. Você me empurrou da escada. Me deu um pontapé e nem virou pra
perguntar se doeu. Você é mau. Você me trouxe um gosto estranho, aquele
sabor que eu queria nunca mais lembrar: rejeição. E você não foi leal. E
nem meu amigo. Eu cheguei a pensar que fôssemos amigos. Eu achei que a
gente até podia ser um casal. E até usar aqueles colares bregas com as
iniciais do nome do outro. Sei, eu estava doente. É, doente de amor
mesmo, tô sabendo. E agora não tem ninguém do meu lado, nem você e nem
ninguém. E nenhuma lembrança, nem rastro, nem nada de você. Que raiva de
mim. E que saudade é essa de você? Você não sabe amar. Você não sabe o
que é amor e respeito. Você não é normal. Você gosta de quem te
maltrata. Amor não é jogo, não é labirinto, não é loucura, não é isso
que ela diz que sente por você. Você está atormentando os meus
pensamentos. Que raiva de você. E que saudade é essa de mim? Você não
vale nada, é um otário que não presta e é um babaca ridículo que me
deixou escapar. O problema é que você não me deixou escapar, você quis
que eu escapasse naquele dia, aliás, naquela noite em que você disse que
estava saindo da minha vida pra sempre. E você nem voltou. Você nem
ligou. Nem mandou mensagem. Nem e-mail. Nem scrap. Nem mesmo um “sinto
saudade”. Você saiu, bateu a porta e nunca mais abriu, nem espiou pela
frestinha. Isso prova que eu sou mesmo mais uma na sua vida. E você
disse que não queria me perder. E fez tudo errado, agiu como se
quisesse. Eu te procurei e você fingiu que nem viu. Eu odeio você.
Odeio. Mas penso em você quando toca aquela música, quando penso naquele
filme, quando tô alegre, triste, feliz, deprimida, chorando, rindo.
Penso nas coisas que eu queria contar e dividir com você. Penso em como
as coisas eram e como podiam, um dia, ser. E eu sei que antes de dormir
vou pensar em você e amanhã vou acordar com você no pensamento. Posso
até sonhar com você. E vou tomar café com você na cabeça, caralho, você
não podia ter ido embora assim. Seu filho da puta! Tô chorando, tá
satisfeito? Está doendo, sabia?”
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